quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sporting Clube Braga: um exemplo de posicionamento e DNA bem definidos.


O Braga encontra-se a disputar a Liga dos Campeões de Futebol,  e o próximo jogo do clube na prova é em Old Trafford, casa do Manchester United. Segundo o site maisfutebol, o clube inglês está a exigir às rádios portuguesas o pagamento de 30 mil euros para a transmissão do jogo, um valor sem precedentes para os medias nacionais. O clube minhoto tem direito (como habitualmente nestas competições) a escolher duas rádios, que ficam isentas do pagamento, e a opção recaiu em duas emissoras locais, que habitualmente acompanham os arsenalistas. 
Esta opção do Braga tem as suas vantagens mas tem também, naturalmente, as suas desvantagens. Em primeiro lugar porque escolhem rádios locais, logo, com pouco cobertura nacional, o que aliado ao hipotético desconhecimento das pessoas da frequência das mesmas, leva a uma perda da amplificação da marca Braga. Em segundo lugar, porque o crescimento de qualquer organização deve ser feito com parceiros fortes que possam acompanhar a evolução e crescimento desta.
Então porque escolheu o Braga duas rádios locais para transmitir o jogo? Além da resposta óbvia, ou seja, de que existe uma recompensa para os que estão com a equipa nos bons e nos mau momentos, penso que a mensagem do Braga passa muito mais por transmitir o posicionamento de um clube que se pretende afirmar nacional e internacionalmente com o apoio dos que habitam o seu berço e encarnam os valores de garra, competitividade e sacrifício presentes no seu DNA: as gentes do Minho. 
Os "Guerreiros do Minho" não nasceram por acaso, e o apelo à identificação do clube como baluarte da região não é algo estranho para nós (recorde-se a fórmula utilizada pelo FC Porto ou a Académica de Coimbra, clubes em que a comunidade local é essencial no entusiasmo e dinâmica em torno destas marcas). O Braga percebeu assim que só com uma comunidade fidelizada e envolvida se pode crescer. Parabéns ao clube pela coragem de assumir que a evolução se faz de dentro para fora, e que as etapas devem ser ultrapassadas uma a uma. A isto chama-se "crescimento sustentado".

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