sábado, 29 de dezembro de 2012

Novo blogue disponível em www.marcostfcastro.net


Senti a necessidade de crescer para uma nova plataforma, mais dinâmica e com maior flexibilidade, que me permita comunicar melhor com vocês. O novo blogue encontra-se disponível em www.marcostfcastro.net

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

As plataformas de compras colectivas como ferramenta de marketing desportivo


A Liga Americana de Basebol fechou esta semana uma parceria com a Groupon, o conhecido site de compras colectivas. Seja no Basebol ou noutras modalidades, o potencial desta parceria é enorme, por diversos factores:
- Face à crise económica e financeira, o preço de um determinado produto ou serviço passa a ser, cada vez mais, um factor decisivo na sua aquisição. Não se tratando de produtos ou serviços que se relacionem com as necessidades básicas de vida, é preciso encontrar, cada vez mais, factores que diferenciem estes produtos e serviços, tornando-os cada vez mais apelativos;
- A ideia da compra colectiva associada ao desporto funciona muitíssimo bem. Sendo o desporto um fenómeno social consumido de forma colectiva, torna-se interessante a possibilidade de um grupo de amigos ou uma família poder adquirir, com desconto, bilhetes para um determinado jogo, proporcionando-se assim uma experiência colectiva muito interessante do ponto de vista social e desportivo;
- Permite o acesso aqueles lugares que normalmente não estão à disposição (financeira) da maioria das pessoas, potenciando-se assim a experiência em causa e, consequentemente, a ligação emocional ao evento. Além disso, podemos falar também de permitir o acesso a outro tipos de produtos, como visitas ao estádio, eventos organizados pelo clube, etc.;
- A própria distribuição dos bilhetes, ou de outros produtos, acaba por se tornar mais rápida, simples e fácil;
- Garante, à partida, uma maior lotação do estádio. Este tipo de acções pode e deve ser aproveitado para a venda daqueles lugares que normalmente ninguém, ou poucos, adquirem. Consequentemente, se temos um estádio cheio, teremos uma melhor experiência no evento, a equipa terá mais apoio dos fãs, o que pode levar a melhores resultados desportivos.
E por cá, quando seremos capazes de tomar um passo semelhante com uma plataforma de compras colectivas? 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Doutoramento em Ciências Empresariais


Envolvi-me recentemente num projecto para os próximos 2/3 anos: um doutoramento em Ciências Empresariais, a realizar na Universidad Rey Juan Carlos de Madrid, Espanha, através de um protocolo que a mesma estabeleceu com o IPAM Aveiro.
O objectivo é aprofundar o conhecimento na temática do marketing desportivo e enquadrar o estudo no âmbito da actual realidade organizacional, onde o digital se posiciona como uma ferramenta fundamental para a concretização dos objectivos definidos na estratégia organizacional.
Para mim, trata-se ainda de um regresso a uma cidade onde tive o prazer de viver cerca de 9 meses, enquanto estudante ERASMUS.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Distinguido com o Prémio "Dedicação"


Foi uma enorme honra ser distinguido no passado sábado, na V Gala do Hóquei, com o Prémio "Dedicação". A distinção constitui, sem dúvida, uma enorme motivação para continuar a fazer mais e melhor, como tive a oportunidade de referir na entrevista realizada no Auditório Municipal de Lousada.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Coautor do Livro "Memórias"

Sou coautor de um livro que foi lançado na V Gala do Hóquei, este sábado, dia 17 deNovembro, no Auditório Municipal de Lousada.

O livro, intitulado "Memórias", é da autoria de José Pedro Sarmento, agora ex-Presidente da FPH, e reúne precisamente as "memórias" que o dirigente foi publicando no site da FPH ao longo dos últimos quatro anos.

Entre os diversos capítulos destaca-se o "Depoimentos", onde aqueles que fizeram parte da equipa que liderou os destinos da modalidade, assim como os colaboradores (funcionários da FPH) e treinadores (2010-2012), deixaram o seu testemunho.

Relativamente à imagem de capa, esta significa que o hóquei é uma modalidade aberta a todos e para todos. O motivo pela qual a figura não tem cabeça reporta ao facto de no hóquei a individualidade estar subalternizada à existência do próprio hóquei, ou seja, trata-se de uma modalidade inclusiva que prevalece a qualquer tipo de individualidade.

Autor: José Pedro Sarmento

Coautores: Assunção Pinto e Marcos Castro

Índice: Depoimentos; Discurso de Tomada de Posse; Manifesto Eleitoral; Linhas Orientadoras 2010/2012; Memórias 2008; Memórias 2009; Memórias 2010; Memórias 2011; Memórias 2012.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Recebi ontem a notícia que serei distinguido com o prémio "Dedicação" na V Gala do Hóquei


Foi anunciado ontem, terça-feira, que serei galardoado na V Gala do Hóquei, que se realiza este sábado, dia 17 de Novembro, no Auditório Municipal de Lousada, com o prémio "Dedicação".
A Federação Portuguesa de Hóquei, sobre esta distinção, escreve:
«Marcos Castro, funcionário da FPH desde Julho de 2008, recebe o prémio "Dedicação".
Em quatro anos e meio o portuense revolucionou uma área que sempre foi delicada na modalidade: o marketing e a comunicação. O trabalho desenvolvido em Portugal foi reconhecido por diversas vezes além fronteiras, permitindo-lhe integrar hoje o Comité de Comunicação da Federação Europeia de Hóquei».
Para mim, trata-se de um enorme orgulho ser reconhecido profissionalmente pelo trabalho desenvolvido, prova de que o esforço para ser cada vez melhor e mais competente é sempre recompensado. 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Formador na 13ª Convenção Ibérica Promofitness


Este sábado tive o prazer de ser convidado para falar sobre marketing digital na tertúlia de gestão e desporto da 13ª Convenção Ibérica Promofitness, que decorreu no Multiusos de Guimarães.
Foram meus colegas de painel o Tiago Vilas-Boas (Docente no ISMAI), que falou da importância da segurança nas instalações desportivas, o Luís Rodrigues (Director de Instalações da Tempo Livre), que deu o exemplo da Tempo Livre como paradigma da inovação em tempos de crise, e o Nélson Pincho, CEO do projecto Spoortal, uma plataforma para organizações de eventos desportivos.
Foram quase quatro horas de tertúlia, no que foi uma manhã fantástica de partilha de conhecimento e experiências.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Marketing interno no desporto: o cliente número 0.


Muitas vezes as organizações desportivas, e não só, focam-se no planeamento e execução de uma estratégia de marketing e comunicação para o exterior, isto é, para o mercado, local onde estão os seus clientes e potenciais clientes, esquecendo-se que o seu cliente número 0 são os próprios colaboradores.
De facto, quanto mais forte for uma organização internamente, maior é a sua capacidade para se adaptar à mudança e triunfar. No desporto esta área de intervenção, denominada de marketing interno, é primordial para envolver e alinhar os colaboradores com a estratégia e objectivos da organização, tornando-os mais motivados e capazes de executar melhor a sua função.
As organizações são constituídas por pessoas, e por isso pensar nelas como o principal foco de desenvolvimento da organização, é investir no crescimento desta. Por isso, antes de olharmos para o exterior e pensarmos sobre o que temos de fazer para conquistar consumidores, concentremo-nos primeiro no cliente 0, como referido acima.
No desporto, o marketing interno ganha ainda mais relevância. Pelas características particulares do produto desportivo, é essencial alinhar funcionários, atletas, treinadores e dirigentes, isto é, toda a estrutura constituinte de um clube, para um objectivo comum. E premiá-los quando cumprem tarefas. Seja numa Gala da própria organização, onde são premiados os melhores do ano, seja financeiramente, seja apenas com um elogio ao trabalho desenvolvido.
Infelizmente, muitas vezes não se consegue atingir tal objectivo. Várias vezes vemos atletas e, ultimamente, dirigentes, em diferentes modalidades, a comunicarem objectivos diferentes daqueles da organização onde estão inseridos. No desporto, a probabilidade de isto acontecer é maior, uma vez que ninguém pode garantir o sucesso. As equipas dirigentes, técnicas, de atletas, entre outras, vivem de resultados. 
A questão está em perceber como se prepara as equipas de trabalho para liderar com o insucesso. E o marketing interno, é uma importante ferramenta para combatê-lo.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O marketing pode não levar ao sucesso organizacional: o exemplo do Sporting.


 …ou melhor, o marketing é essencial para o cumprimentos de objectivos organizacionais que se relacionem com a promoção de determinados comportamentos no público-alvo da mesma. No caso do desporto, estes comportamentos situam-se a dois níveis: o primeiro, a nível emocional, tentando-se criar um sentimento de pertença a determinado grupo ou tribo (que no desporto, normalmente, acontece quando somos mais jovens) e que pode levar à, num segundo nível, aquisição de produtos e serviços das marcas com as quais nos identificamos. Ou seja, em lato censu, o objectivo é criar consumidores destas marcas, mantendo desta forma o funcionamento da mesma.
Em áreas como a gastronomia e a indústria automóvel, por exemplo, é relativamente simples consegui-lo. Fazem-se estudos de mercado, promovem-se grupos de trabalhos e debatem-se as preferências dos consumidores. A partir daqui as empresas do respectivo sector passam a entender melhor o que procura o seu público-alvo, adoptando por isso a sua estratégia em função das necessidades e expectativas dos seus clientes em cada momento.
No desporto, principalmente o de alto rendimento, o que querem os consumidores/adeptos? Bons resultados, vitórias e títulos das marcas às quais são leais ou com as quais sentem empatia. Mas ninguém, inclusive o marketeer desportivo, é capaz de controlá-los. É impossível controlamos o core product do desporto – o jogo, mas já é possível fazê-lo nas extensões do mesmo: o conforto dos espectadores ou as promoções de determinados produtos (bilhetes, equipamentos, etc.)
Do enquadramento realizado resulta que o marketing é apenas mais uma ferramenta de gestão organizacional, tão importante como outras como o brainstorming ou o benchmarking. Se pensarmos no actual momento do Sporting, é de louvar, em meu entender, o brilhante trabalho realizado pelo departamento do marketing do clube, que mesmo com as escassas vitórias da equipa de futebol (a que tem maior visibilidade) nos últimos anos, consegue época após época mobilizar milhares de sportinguistas, seja na compra de lugares anuais seja na aquisição de merchandising, entre outros.
O marketing não é a solução para a crise das organizações, apesar da sua enorme importância. É, apenas, mais uma ferramenta. Apenas equipas multidisciplinares são capazes de alcançar o sucesso.

sábado, 27 de outubro de 2012

Publicidade online no site do FC Porto: um problema para resolver?


Por diversos motivos, tem-se registado um aumento do investimento em publicidade online nos últimos anos. Em 2011, segundo um estudo da Iniciative, houve uma quebra do investimento publicitário líquido na ordem dos 11% em Portugal mas, no que diz respeito aos meios digitais, verificou-se uma subida do investimento publicitário de 10%. Este facto reforça as características únicas do meio digital, onde factores como a personalização e o envolvimento do consumidor são fortemente exponenciados, resultando daí um um maior potencial para as marcas comunicarem de forma mais eficaz com o seu público-alvo.
O problema acontece quando não existe correspondência entre aquilo que o nosso público quer e aquilo que lhe queremos comunicar, ou seja, quando não existe um encontro entre procura e oferta.
Foi isto mesmo que hoje assisti no site do Futebol Clube do Porto, conforme imagem acima, onde não se percebe o porquê da existência do banner publicitário vertical do lado direito. A ideia da marca poderá ser ganhar dinheiro através do modelo pay per click, isto é, onde o anunciante paga por contacto, sendo considerado contacto o clicar no banner para visitar o site do anunciante. Face ao tráfego hipoteticamente gerado pela marca, o paradigma do corpo belo e trabalho privilegiado pela nossa sociedade, é de esperar muitos cliques no banner.
Pergunto: que valores e posicionamento está a marca FC Porto a tentar passar para o seu público-alvo? Será que se coaduna com uma boa conduta online? Se analisarmos os sites dos concorrentes (Benfica, Sporting e Braga), nenhum realiza este tipo de práticas. Por isso, das duas uma: ou o clube precisa desesperadamente de dinheiro (que não será aqui que o vai obter, com certeza) ou o clube não sabe para que serve a publicidade online. Em que ficamos?

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sporting Clube Braga: um exemplo de posicionamento e DNA bem definidos.


O Braga encontra-se a disputar a Liga dos Campeões de Futebol,  e o próximo jogo do clube na prova é em Old Trafford, casa do Manchester United. Segundo o site maisfutebol, o clube inglês está a exigir às rádios portuguesas o pagamento de 30 mil euros para a transmissão do jogo, um valor sem precedentes para os medias nacionais. O clube minhoto tem direito (como habitualmente nestas competições) a escolher duas rádios, que ficam isentas do pagamento, e a opção recaiu em duas emissoras locais, que habitualmente acompanham os arsenalistas. 
Esta opção do Braga tem as suas vantagens mas tem também, naturalmente, as suas desvantagens. Em primeiro lugar porque escolhem rádios locais, logo, com pouco cobertura nacional, o que aliado ao hipotético desconhecimento das pessoas da frequência das mesmas, leva a uma perda da amplificação da marca Braga. Em segundo lugar, porque o crescimento de qualquer organização deve ser feito com parceiros fortes que possam acompanhar a evolução e crescimento desta.
Então porque escolheu o Braga duas rádios locais para transmitir o jogo? Além da resposta óbvia, ou seja, de que existe uma recompensa para os que estão com a equipa nos bons e nos mau momentos, penso que a mensagem do Braga passa muito mais por transmitir o posicionamento de um clube que se pretende afirmar nacional e internacionalmente com o apoio dos que habitam o seu berço e encarnam os valores de garra, competitividade e sacrifício presentes no seu DNA: as gentes do Minho. 
Os "Guerreiros do Minho" não nasceram por acaso, e o apelo à identificação do clube como baluarte da região não é algo estranho para nós (recorde-se a fórmula utilizada pelo FC Porto ou a Académica de Coimbra, clubes em que a comunidade local é essencial no entusiasmo e dinâmica em torno destas marcas). O Braga percebeu assim que só com uma comunidade fidelizada e envolvida se pode crescer. Parabéns ao clube pela coragem de assumir que a evolução se faz de dentro para fora, e que as etapas devem ser ultrapassadas uma a uma. A isto chama-se "crescimento sustentado".

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Orçamento de Estado para 2013: uma oportunidade para o desporto?



Já foi entregue pelo Governo no parlamento o Orçamento de Estado para 2013. As penalizações para o desporto, como para outros sectores, são duras, como a redução em mais de 10 milhões de euros no orçamento do IPDJ (de 83,4 para 72,5 milhões. Fonte: RTP).
Naturalmente esta redução de verbas não augura nada de bom para o desenvolvimento do desporto no nosso país, por outro lado, penso que este corte pode constituir uma oportunidade para um incremento da proactividade dos agentes desportivos, na medida em que, fechando-se cada vez mais a torneira do dinheiro proveniente do Estado, as organizações são obrigadas a partir para a procura de soluções que permitam manter vivos os objectivos para as quais foram criadas.
Independentemente da dimensão e dependência do financiamento estatal, os agentes desportivos responsáveis pelo desenvolvimento da estratégia e sua consequente execução, estão agora colocados perante um cenário onde a mobilidade e a capacidade de adaptação é essencial para o êxito, perceba-se, manutenção dos quadros competitivos de clubes e participação das selecções nacionais em provas internacionais, no caso das federações, ou, simplesmente, a manutenção dos escalões de competição actualmente existentes nos clubes.
O paradigma está a mudar, e agora, mais do que nunca, devemos ir à procura de parceiros, de criar relações win-win, de criarmos valor para os nossos clientes (os atletas, os fãs, etc.), enfim, de coerentemente definirmos uma estratégia assertiva e adequada à nossa realidade.
Mãos à obra!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Como podem os três grandes do futebol português contornar a crise, através da venda de lugares anuais

Ainda no seguimento do artigo publicado no Record, fica aqui o texto integral do meu depoimento. 


"A atual crise financeira constitui uma oportunidade para as organizações desportivas (re)pensarem, de forma mais aprofundada, a estratégia utilizada no envolvimento dos fãs das suas marcas. Ao contrário doutros sectores de atividade, onde o objetivo é transformar clientes em fãs, ou seja, transformar os consumidores regulares de produtos de determinada marca em evangelizadores da mesma, no marketing desportivo o desafio é precisamente o oposto, isto é, transformar fãs apaixonados por determinadas marcas em consumidores regulares.

Importa assim perceber como esta relação pode ser potenciada. Para isso, devemos compreender que atualmente o consumo de um determinado evento desportivo já não se faz (ou começa a fazer-se cada vez menos) num destes três locais: no próprio local do evento, pela televisão ou pela rádio. Hoje os fãs querem consumir conteúdos das suas marcas preferidas em qualquer lugar e a qualquer hora, paradigma que resulta em muito do crescente uso de novas tecnologias. Nesse sentido, a tarefa de levar adeptos ao estádio está cada vez mais dificultada, não apenas pela crise financeira mas também por um consumidor que quer ter acesso a conteúdos anytime, anywhere.

Como podem então as organizações desportivas manter, ou até aumentar, o número de lugares anuais vendidos? Na minha opinião, o segredo está em encarar os eventos, ou seja, os jogos de futebol, como importantes e fundamentais veículos de comunicação da marca, onde a ligação entre esta e os fãs atinge o seu expoente máximo. Nesse sentido, o assistir a um jogo de futebol deveria ser encarado como a vivência de uma experiência única e memorável, e que, por isso mesmo, tem de ser partilhada com amigos e familiares.

O foco passa então por perceber como podem os jogos de futebol ser encarados como um must have no orçamento familiar. Para isso, é necessário considerar alguns fatores:
1º A personalização da experiência, ou seja, dar a possibilidade a cada fã, sócio, simpatizante ou adepto, de poder customizar a sua experiência de acordo com as suas expectativas e necessidades. Por exemplo, porque não criar packs diferenciados (em termos de categorias, preços e serviços) para assistência aos jogos, onde estão incluídos uma visita ao museu do clube e a oferta de um cachecol, uma sessão de autógrafos com um antigo ídolo do clube ou até a oferta de uma bebida e um saco de pipocas, tudo isto, no próprio dia do jogo?;
2º Proporcionar vários pontos de contacto com o merchandising do clube durante o próprio jogo de futebol, de forma a estimular as vendas e gerar lucro adicional. Por exemplo, porque não estão a lojas de venda de merchandising dos clubes acessíveis no interior do próprio estádio, junto aos bares, durante os jogos?;
3º É inevitável proporcionar a maior comodidade possível ao consumidor. Atualmente, um estádio que não possua internet sem fios gratuita, perde um enorme potencial no que refere à geração de brand awareness e, consequentemente, estimulação dos canais de venda/distribuição;
4º Envolvimento de toda a organização do evento na estratégia de marketing dos clubes organizadores dos jogos, ou seja, todos os elementos (stewards, seguranças, funcionários dos bares, entre outros) presentes num jogo estão devidamente envolvidos na estratégia que a marca definiu. O objetivo é prestar o melhor serviço possível ao cliente (os nossos fãs) que está no estádio;
5º Potenciar a interação entre as estrelas/ídolos, os jogadores, com os adeptos. Por exemplo, no início de cada jogo atirariam para a bancada 40 bolas de futebol autografadas por todo o plantel, no intervalo do jogo um adepto seria chamado ao relvado para um determinado passatempo (de certeza que se vão lembrar disto para o resto da vida) e no final do jogo os atletas ofereceriam as suas camisolas.

Em resumo, pode-se dizer que ao invés do profissional de marketing desportivo centrar os seus esforços no desenvolvimento do produto em si – o jogo, pois pouca ou nenhuma influência tem sobre o mesmo (nenhum profissional consegue controlar a temperatura ambiente ou a disposição dos jogadores), deve antes centrar-se no desenvolvimento das extensões do produto desportivo. De certeza que desta forma os clubes manterão, ou até aumentarão, a venda de lugares anuais. Vai uma aposta?"

sábado, 22 de setembro de 2012

Artigo de Opinião no Jornal Record

Hoje estou no Jornal Record, um dos maiores diários desportivos nacionais, com um artigo de opinião sobre o impacto que a crise financeira poderá ter na venda de lugares anuais dos três grandes do futebol nacional (Porto, Benfica e Sporting).

Comigo aparecem outras personalidades da modalidade, como Carlos Carvalhal, e os Presidentes do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (Joaquim Evangelista), da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (Silveira Ramos), e da Associação Nacional de Médicos do Futebol (João Pedro Mendonça). O artigo está nas páginas centrais do Jornal, no "Campo de Protestos", espaço elaborado pelo jornalista Joaquim Semeano.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Orador na 13ª Convenção Ibérica Promofitness

No próximo mês de Novembro estarei presente, como orador, na Tertúlia de Gestão e Desporto da 13ª Convenção Ibérica Promofitness, cujo tema será "Ferramentas inovadoras de gestão aplicadas ao desporto".

Resumo do tema da minha apresentação:
"É cada vez mais competitivo o contexto onde as organizações actuam. Nesse sentido, é fundamental percebermos como nos podemos diferenciar da concorrência, de forma a obter vantagem competitiva no mercado onde actuamos. O consumidor, inclusive o desportivo, está a mudar. Cada vez mais exige o acesso à informação em tempo real e em qualquer lugar. É neste âmbito que o marketing, em particular o marketing digital, se assume como uma importante alavanca organizacional, no que refere ao impacto no público-alvo da mesma. Nesta formação, irei abordar as características que marcam o actual contexto competitivo onde as organizações actuam, bem como algumas das ferramentas que podem alavancar e aumentar a eficiência da concretização dos objectivos organizacionais de marketing. A abordagem terá sempre como ponto de partida benchmarks relacionados com o tema."

Mais informações em www.promofitness.com

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Marketing desportivo: chegou a altura de questionarmos as regras do jogo!


O maisfutebol traz esta terça-feira duas notícias interessantes sobre o custo dos lugares anuais no futebol em Portugal e Espanha. Os artigos apenas fazem referência à primeira divisão de futebol de ambos países, pois é aqui que o mercado maior, ou seja, que a procura por parte dos consumidores desportivos aumenta.
Em Portugal os lugares anuais mais caros são os dos três grandes, com um custo entre os 51 e os 1472 euros. Em Espanha, os lugares anuais variam entre os 120 e os 1794 euros.
De uma forma simples e apenas para ficarmos com uma ideia da receita que os clubes conseguem apenas com base na venda de lugares anuais, vamos supor que os clubes que detêm o estádio com capacidade para mais espectadores (o Benfica em Portugal, com 65 mil espectadores no estádio da Luz, e o Barcelona em Espanha, com 100 mil espectadores no Nou Camp) vendem todos os seus lugares anuais, a um preço médio de 600€. O Benfica arrecadaria uma verba na ordem dos 39 milhões de euros, enquanto o Barcelona encaixaria uma verba na ordem dos 60 milhões de euros. Os adeptos, e face ao sistema competitivo presente na Liga Zon Sagres e na Liga BBVA, teriam a oportunidade de assistir a 15 jogos da Liga em Portugal, e a 20 jogos da Liga em Espanha.
Comparemos agora estes valores com os praticados noutra modalidade, o basebol, e noutro país: os EUA. Tomemos como exemplo os New York Yankees, equipa de basebol da American League. Os lugares anuais para os Yankees custam entre 3200 e 26 mil euros, muito mais do que o máximo de 1794 euros praticados na La Liga. Seguindo o raciocínio utilizado acima, e com um valor médio da venda de lugares anuais na ordem dos 12 mil euros para um estádio com capacidade para 52 mil pessoas, os Yankees arrecadam cerca  de 624 milhões de euros por época. É um valor brutal de receita, quando comparado com o, hipoteticamente obtido, de Benfica e Barcelona. Além disso, estamos a falar de um lugar anual que permite aos fãs a assistência a 81 jogos numa época, apenas quatro vez mais do que no Nou Camp. Isto é, o potencial para gerar receita é enorme. 
Onde está assim a grande diferença entre estas duas realidades? A resposta é "no sistema competitivo das competições em causa". É claro que no futebol, no sistema competitivo actual, com duas partes de 45 minutos, jamais seria possível fazer jogos diários pelo tipo de esforço dispendido. Contudo, o que me parece também importante realçar é a forma com os americanos vêm o desporto. E estes vêem-no como um negócio, onde toda a estratégia das organizações está orientada e centrada na importância do marketing como ferramenta para alavancar os resultados pretendidos. Porque não fazer jogos de futebol diários com duas partes de 20 minutos? Ou uma parte de 30 minutos? Mudar as "regras do jogo" é algo bastante complicado, eu sei. A tradição é baluarte da maioria das organizações desportivas europeias. Mas até quando vai durar este paradigma? Não seria melhor para a modalidade futebol ter cinco jogos consecutivos numa semana, entre segunda e sexta-feiras, entre Porto e Benfica ou entre Barcelona e Real Madrid? Não seria isso melhor para o espetáculo, melhor para os fãs?
Este artigo é uma pequena provocação ao paradigma vigente, em que raramete se questionam certos dogmas e formas de abordagem da realidade, seja qual for a modalidade. O que me parece correcto, é que os fãs sejam cada vez mais envolvidos no desporto e nas marcas desportivas que os apaixonam. Não é esse o objectivo do marketing desportivo? Chegou a hora de questionarmos as "regras do jogo"...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A criação da marca dos Jogos Olímpicos do Rio 2016


Depois de Londres 2012, chegou a vez de nos focarmos nos Jogos Olímpicos de 2016, que terão lugar no Rio de Janeiro, Brasil.
O desenvolvimento da imagem do maior evento desportivo do mundo é um dos aspectos essenciais da sua comunicação, uma vez que será visto por milhões de pessoas. Além de se ter de manter actual durante pelo menos 5 anos (de 2012 a 2016), o logótipo deve representar e transmitir aspectos ligados ao espírito olímpico, à cidade organizadora, à sua natureza, sentimentos e aspirações.
A organização dos Jogos recebeu 139 propostas de logótipos, tendo o vencedor sido o da empresa "Tátil Design de Ideias".
Neste vídeo, podemos assistir aos diferentes passos de criação da marca.

 
Mais informações sobre o evento em http://www.rio2016.com.br/
 
*A imagem deste artigo foi retirada do link http://www.betiatto.com/blog/?p=138

Social Media Checklist

É importante definir quais as tarefas dos vários projectos profissionais e pessoais da nossa vida, pois são estas que, na sua essência, vão dar corpo à prossecução dos objectivos delineados nestes mesmos projectos. Uma das formas que temos de organizar as tarefas é através da famosa checklist, ou listas de checagem em português.
Ao navegar pela web, descori um infográfico fantástico duma "Social Media Checklist", desenvolvida pelo The Whole Brain Group (http://www.thewholebraingroup.com/). O que acham?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Docente em Pós-Gradução no IPT


Fui convidado para fazer parte do corpo docente da Pós-Graduação em Gestão da Manutenção de Instalações Desportivas do Instituto Politécnico de Tomar, onde ministrarei um Seminário de Marketing.

Os interessados na PG, podem consultar seguinte link para mais informações: http://portal.ipt.pt/portal/portal/posgradGMID/plano;jsessionid=846A28AF32BD930882FBD18C8027BAEC

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Os megaeventos desportivos como veículos de comunicação das marcas: o caso do Euro 2012


Artigo elaborado para o Marketing Portugal

Os megaeventos desportivos são fundamentais como veículos de comunicação das marcas para chegar ao seu público-alvo. De facto, trata-se de uma forma de fazer marketing através do desporto, ou seja, uma oportunidade que é dada às marcas para comunicaram com os seus consumidores, que são, simultaneamente, consumidores desportivos.
 Designados por ações coletivas e efémeras que comportam status simbólicos e escalas espaciais e temporais muito significativos (Seixas, J. 2010), estes megaeventos, como o recente Campeonato Europeu de Futebol, ou Euro 2012 na sua forma abreviada, são importantes momentos de exposição das marcas a um grande número de consumidores e potenciais consumidores. Neste artigo para o Marketing Portugal, a minha análise, breve mas concisa e prática, irá incidir sobre o megaevento que no último mês nos prendeu à televisão e às redes sociais, e onde, nas conversas offline, houve sempre tema de discussão.
 Esta análise começa por um facto curioso: o interesse dos europeus no evento em causa. Segundo um estudo da OMD, realizado antes da prova começar, o Euro 2012 era o evento desportivo que despertava maior interesse entre os europeus (72 por cento), situando-se mesmo à frente dos Jogos Olímpicos de Londres (66 por cento).
 Em Portugal, atingiram-se mesmo números muito interessantes do ponto de vista da audiência televisiva, com cerca de 3.7 milhões de espectadores no jogo das meias-finais entre Portugal e Espanha, transmitido pela SIC, e 3.5 milhões no jogo da fase de grupos entre Portugal e a Holanda.
 Segundo um estudo do IPAM, que analisou as diferentes fases da prova - estágio, fase de grupos, quartos-de-final, meia-final e final, o impacto na economia portuguesa se a seleção nacional fosse campeã europeia, rondaria os 551 milhões de euros. A Espanha foi a campeã, e segundo este estudo o impacto na economia do país vizinho terá sido de 2,2 mil milhões de euros.
 Com a enorme mediatização em torno do evento, é natural que as marcas vejam estes momentos como aqueles onde devem apostar grande parte do budget anual alocado ao marketing. Só na fase de grupos da prova, e durante os 15 minutos de intervalo entre cada uma das partes dos jogos, foram investidos, segundo um estudo da Initiative, 12,4 milhões de euros em publicidade. Juntas, Sharp, Hyundai e Coca-Cola investiram mais de 2,6 milhões de euros. A primeira marca portuguesa a surgir neste ranking é a Zon, representando 5% do investimento total nos intervalos dos jogos. Deste bolo de investimento, a TVI foi o canal que arrecadou maior volume de investimento, com um total de 4,9 milhões de euros, seguida da RTP, com 4,8 milhões, e da SIC com 2,7 milhões.
As marcas parceiras da Seleção Nacional de Futebol, como a Nike, Continente, GALP, Sagres, o BES ou TMN, realizaram várias ações de comunicação durante os últimos meses.

 A Nike forneceu conteúdos exclusivos dos bastidores da seleção no seu canal do YouTube e no Facebook.
 
O Continente lançou a campanha “Olá, eu sou Portugal”, onde antigas glórias da seleção nacional – Carlos Manuel, Maniche e Figo, falam de alguns momentos memoráveis que tiveram com alguns dos adversários que defrontamos no Euro, como o caso do golo do Carlos Manuel à Alemanha em 1985.

A GALP lançou a campanha “11 por todos, todos por 11”, onde, segundo Isabel Caiado, diretora de marketing da empresa em entrevista à Marketeer, “em vez de serem os adeptos a «vestir a camisola» da Seleção, foram os jogadores a vestir a «camisola dos portugueses», a ajudá-los, através das suas vitórias, a levantar a moral do país”. 

A Sagres, parceira da Seleção desde 1993, lançou a campanha “Somos Seleção”, que tem a sua génese na “Sagres Somos Nós”, lançada em 2011. O objetivo passou por procurar criar o espírito e a força necessários para unir os portugueses, comunicando que todos fazem parte da Seleção.

A TMN criou a campanha “Vamos lá Portugal”, onde pretende salientar o esforço e a dedicação de todo o staff em torno da Seleção, com o mote “”Eles podem não saber cantar. Mas fazem tudo pela Seleção”.

Por último, o BES realizou uma corrida de apoio à Seleção Nacional, onde participaram 22 mil pessoas, e cujo mote foi “Uma braçadeira no braço, um país no coração”.

Relativamente ao digital, em apenas cerca de dois meses, a página do Facebook do Euro2012 acumulou quase 900 mil fãs. O site do evento (http://www.uefa.com/uefaeuro/) era absolutamente fantástico, com tudo aquilo a que um fã quer ter acesso. Fotografias e estatísticas pormenorizadas de todos os jogadores, aplicação mobile para seguir tudo ao minuto e ter acesso a todas as notícias, vídeos e fotografias dos jogos e outros eventos no telemóvel, bilheteira online, loja online, enfim, tudo o que permita aos adeptos viverem da melhor forma possível um mês da modalidade que os apaixona. Como curiosidade, referir que dos países observados no estudo da OMD, Portugal destacou-se como aquele em que os fãs mais usaram a internet para seguir o Euro (71 por cento).
 Claro que nem tudo são boas notícias. Ainda recentemente foi divulgado um caso de manipulação de imagens no evento no jogo das meias-finais entre Alemanha e Itália, onde após a derrota dos primeiros aparece na televisão uma senhora germânica a chorar, pretendendo-se transmitir ao público a tristeza dos alemães pela derrota. Afinal, sabe-se agora, a senhora chorou, mas não foi no final do jogo. Pelo contrário, foi no início do jogo, quando ouviu o hino do seu país.
 Além disto, existem também outros motivos a considerar quanto à manutenção do espetáculo desportivo, como o sistema de competição da prova. Recorde-se que no próximo Euro o número de seleções vai aumentar de 18 para 24, e alguma competitividade poderá perder-se pelo caminho, com seleções com menor potencial para competirem entre as melhores a poderem, eventualmente, baixar a qualidade do espetáculo. Claro que pior ainda seria a realização de um Euro por toda a Europa, como recentemente defendeu Michel Platini, presidente da UEFA. Cada um tem a sua “panca”. Ou não…

 Bibliografia consultada
 Ferreira, A. (2012). Euro 2012, mentiras e televisão. Jornal de Notícias. Consult. 5 Jul 2012, disponível em http://www.jn.pt/desporto/euro2012/foradejogo/Interior.aspx?content_id=2644404;
 Madeira, C. & Talhão, M. (2012. Marcas investem de 12 milhões de euros no Europeu. Diário Económico. Consult. 5 Jul 2012, disponível em http://economico.sapo.pt/noticias/marcas-investem-mais-de-12-milhoes-no-europeu_146908.html;
 Marques, R. (2012). Europeus mais interessados no Euro 2012 que nas Olímpiadas. Briefing. Consult. 5 Jul 2012, disponível em http://www.meiosepublicidade.pt/2012/06/21/europeus-mais-interessados-no-euro-2012-que-nas-olimpiadas/;
 Marketeer (2012). Caderno Especial: Futebol. MultiPublicações, 191, 135-156;
 Mendes, A. (2012). Um mês de Euro 2012….Briefing, disponível em http://www.briefing.pt/brief-audimetria/17155-um-mes-de-euro-2012.html;
 Oliveira, A. (2012). Euro 2012: vitória de Portugal geraria cerca de 550 milhões de euros no país. Canal Superior. Consult. 5 Jul 2012, disponível em http://informacao.canalsuperior.pt/noticia/13512;
 Seixas, J. (2010). Os Mega Eventos na Cidade: Imagética Social, Política Económica e Governança Urbana. E-metropolis, 2, 4-9. Consult. 5 Jul 2012, disponível em http://www.ics.ul.pt/rdonweb-docs/Jo%C3%A3o%20Seixas_2010_n1.pdf.