…ou melhor, o marketing é essencial para o cumprimentos de
objectivos organizacionais que se relacionem com a promoção de determinados
comportamentos no público-alvo da mesma. No caso do desporto, estes
comportamentos situam-se a dois níveis: o primeiro, a nível emocional,
tentando-se criar um sentimento de pertença a determinado grupo ou tribo (que
no desporto, normalmente, acontece quando somos mais jovens) e que pode levar à,
num segundo nível, aquisição de produtos e serviços das marcas com as quais nos
identificamos. Ou seja, em lato censu,
o objectivo é criar consumidores destas marcas, mantendo desta forma o
funcionamento da mesma.
Em áreas como a gastronomia e a indústria automóvel, por exemplo,
é relativamente simples consegui-lo. Fazem-se estudos de mercado, promovem-se
grupos de trabalhos e debatem-se as preferências dos consumidores. A partir
daqui as empresas do respectivo sector passam a entender melhor o que procura o
seu público-alvo, adoptando por isso a sua estratégia em função das
necessidades e expectativas dos seus clientes em cada momento.
No desporto, principalmente o de alto rendimento, o que
querem os consumidores/adeptos? Bons resultados, vitórias e títulos das marcas
às quais são leais ou com as quais sentem empatia. Mas ninguém, inclusive o marketeer
desportivo, é capaz de controlá-los. É impossível controlamos o core product do desporto – o jogo, mas já
é possível fazê-lo nas extensões do mesmo: o conforto dos espectadores ou as
promoções de determinados produtos (bilhetes, equipamentos, etc.)
Do enquadramento realizado resulta que o marketing é apenas
mais uma ferramenta de gestão organizacional, tão importante como outras como o
brainstorming ou o benchmarking. Se pensarmos no actual momento do Sporting, é de
louvar, em meu entender, o brilhante trabalho realizado pelo departamento do
marketing do clube, que mesmo com as escassas vitórias da equipa de futebol (a
que tem maior visibilidade) nos últimos anos, consegue época após época
mobilizar milhares de sportinguistas, seja na compra de lugares anuais seja na
aquisição de merchandising, entre outros.
O marketing não é a solução para a crise das organizações,
apesar da sua enorme importância. É, apenas, mais uma ferramenta. Apenas
equipas multidisciplinares são capazes de alcançar o sucesso.
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